Wanda Pimentel

Até 25 de outubro de 2020.

A sala especial é uma homenagem a Wanda Pimentel (1943-2019). Artista carioca fundamental para a nova figuração brasileira da década de 1960, iniciou seus estudos em pintura com Ivan Serpa entre os anos de 1965 e 1968 em nosso Bloco Escola. Ainda em 1968 participou de sua primeira coletiva aqui no museu (II Salão Esso de Artistas Jovens) e desde então foram mais 20 participações em exposições coletivas e uma individual em 2004. Esta homenagem reúne cerca de 20 das quase 30 obras de sua autoria em nosso acervo, revelando ao público aspectos importantes de sua produção, como pinturas com uma palheta de cores fortes, e um tratamento mecânico e impessoal da imagem.

Mesmo em meio à crise, procuramos nos reinventar. Um grupo de trabalho multidisciplinar, envolvendo a produção, educação, design e museologia, foi montado para desenvolver os protocolos de segurança sanitária, incorporando recomendações do Conselho Internacional de Museus – ICOM e também outras medidas desenvolvidas em redes no Rio, tanto para assegurar a volta dos públicos, quanto dos funcionários. Além da implantação de uma rigorosa rotina de sanitização pela equipe de limpeza, disponibilização de álcool em gel ao público e da possibilidade de fazer a reserva online, o MAM Rio realizou uma limpeza completa dos dutos de ar condicionados e troca de filtros.

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Texto curatorial

Esta sala especial é uma homenagem do MAM Rio a Wanda Pimentel (1943-2019). Nascida no Rio de Janeiro, ela iniciou seus estudos em pintura com Ivan Serpa entre os anos de 1965 e 1968 em nosso Bloco Escola. Ainda em 1968 participou de sua primeira coletiva aqui no museu (II Salão Esso de Artistas Jovens) e desde então foram mais 20 participações em exposições coletivas, além de uma exposição individual em 2004. Esta homenagem reúne cerca de 20 das quase 30 obras de sua autoria em nosso acervo, revelando ao público aspectos importantes de sua produção. Além de dois trabalhos da série Bueiro, que foge à usual representação do espaço doméstico – voltando-se nesse caso para a rua –, apresentamos aqui um conjunto de sua série mais importante, Envolvimento, que a caracteriza como um dos nomes fundamentais para a nova figuração brasileira da década de 1960. Essas são pinturas com uma palheta de cores fortes, e um tratamento mecânico e impessoal da imagem. Nos espaços domésticos que ela constrói, a presença humana é indicada frequentemente por detalhes de corpos femininos, quase ausentes do quadro, em pinturas que em sua dimensão remetem a uma proporção antropomórfica. Suas qualidades pictóricas, além da atualidade de questões como a presença/ausência feminina, apontam para uma notável convergência com questões atuais da arte contemporânea, como a discussão sobre a presença das minorias. De tal atualidade talvez decorra a recente, e merecida, reavaliação de seu trabalho.

Fernando Cocchiarale e Fernanda Lopes
curadores

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abertura: 14 mar 2020

Lei de Incentivo à Cultura
Patrocinador: Grupo PetraGold
Mantenedores: Itaú, Ternium e Petrobras
Secretaria Especial da Cultura, Ministério da Cidadania, Governo Federal



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