Malick Sidibé

“Hércules Africano” (1970), 43,3 x 41,2 cm, impressão em gelatina prata. Coleção Gilberto Chateaubriand MAM Rio.

Um dos grandes nomes da fotografia mundial, Malick Sidibé nasceu em uma área rural do então Sudão Francês, em 1936. Aos 20 anos, Sidibé se formou em desenho e joalheria na Escola de Artesãos Sudaneses (atual Instituto Nacional de Artes em Bamako ). Começou a tirar fotografias em 1955 e comprou uma câmera portátil Kodak Brownie no ano seguinte. Em 1957 tornou-se fotógrafo em tempo integral, abrindo o Studio Malick em 1962.

Apelidado de “o olhar de Bamako”, teve um papel fundamental no registro do estilo de vida do Mali, que acabava de abandonar seu passado colonial para conquistar, em 1960, sua independência da França. Suas fotografias são registros espontâneos da juventude malinense.

“Aprendizes de mecânico na Garagem Dramane” (1966) 43,7 x 40,7 cm, impressão em gelatina e prata. Coleção Gilberto Chateaubriand MAM Rio.

“Pugilista” (1966), 45,2 x 43,2 cm, impressão em gelatina prata. Coleção Gilberto Chateaubriand MAM Rio.

Com o florescimento da cultura e a facilidade de uma câmara mais leve de 35 milímetros, Sidibé fotografou pessoas em celebrações, nas ruas e muitas vezes dançando. São imagens cheias de efervescência, estilo e intimidade. A influência da cultura e da música ocidental também se faz presente, como na fotografia em que uma moça segura o vinil de “Twist!”, disco de 1961 de Ray Charles.

“Noite de Natal” (1963), 46,5 x 43,5 cm, impressão em gelatina prata. Coleção Gilberto Chateaubriand MAM Rio.

“TWIST: com Ray Charles” (1969), 34,5 x 37,3 cm, impressão em gelatina prata. Coleção Gilberto Chateaubriand MAM Rio.

“Vejo a fotografia como uma forma de viver por muito tempo, bem além da morte. Acredito no poder da imagem, por isso passo a vida tentando extrair de cada pessoa que retrato o que ela tem de mais belo”, contou o fotógrafo no livro “Malick Sidibé: A vida em cor-de-rosa”, de Laura Incardona.

Malick Sidibé foi o primeiro africano a receber o Prêmio Internacional da Fundação Hasselblad (2003) e um Leão de Ouro honorário pelo conjunto da obra na 52ª Bienal de Veneza (2007). Outro prêmio importante foi World Press Photo 2009, na categoria Artes e Entretenimento. O fotógrafo morreu em 2016, aos 80 anos, em Bamako.

“Mergulho no Rio Niger” (1973), 43,6 x 41,3 cm, impressão em gelatina e prata. Coleção Gilberto Chateaubriand MAM Rio.

“Com minha bolsa, anéis e pulseiras” (1968), 44 x 41,2 cm, impressão em gelatina prata. Coleção Gilberto Chateaubriand MAM Rio.

O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro realizou, em 2011, a coletiva “Celebrações/Negociações – Fotógrafos Africanos na Coleção Gilberto Chateaubriand” com obras de Seydou Keita, Ambroise Ngaimoko, J.D. Okhai Ojeikere, Jean Depara e Malick Sidibé.

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Conheça a obra de Ambroise Ngaimoko, J.D. Okhai Ojeikere, Jean Depara e Seydou Keita.



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