AUDITÓRIO COSME ALVES NETTO
NOVEMBRO
Lumen – Festival de Cinema Independente do Rio de Janeiro
O festival Lumen nasce com a proposta de ampliar o alcance de filmes e realizadores, apresentar ao público carioca diretores de todo o mundo que estão à margem dos grandes eventos de cinema, porém mostram trabalhos relevantes, inovadores e, claro, cativantes, mas ainda sem uma janela definitiva na cidade. De 8 a 15 de novembro, quatro salas serão ocupadas pelo festival, exibindo filmes premiados nacional e internacionalmente. A edição de abertura do festival conta com uma retrospectiva do diretor Guto Parente, e exibe obras de renomados cineastas internacionais como James Benning, Ben Rivers, Lucia Seles e Alex Cox.
O cinema de Victor Erice
Victor Erice é um dos nomes fundamentais do cinema espanhol. Apesar de ter carreira extensa, o número de filmes é pequeno, e entre os longas-metragens são apenas quatro. No entanto, são todos eles marcantes e denotam um lirismo sóbrio e uma elegância no estilo muito singulares. Apesar da variedade de temáticas, há sempre em seus filmes um imaginário evocativo, bebendo do sobrenatural e do mistério dos filmes de gênero, mas convertendo-os em coisa própria. No momento em que ele volta ao longa-metragem com Fechar os olhos em 2023, depois de mais de 30 anos do longa anterior, é hora de passar em revista seus filmes, dos longas aos filmes de episódios, com destaque especial ao primeiro filme “oficial” do cineasta, um média-metragem de final de curso universitário, Os dias perdidos, e ao raro exercício de filmes epistolares trocados entre Erice e o cineasta iraniano Abbas Kiarostami, Victor Erice / Abbas Kiarostami: Correspondências.
Temporada França-Brasil 2025. Aqui acolá
A mostra Aqui acolá, um programa proposto em parceria com a associação Documentaire sur Grand Écran dentro da programação da temporada França-Brasil 2025, parte da ideia do documentário como gesto e atitude diante do cinema e da vida. A seleção reúne filmes que atravessam oceanos e fronteiras, tecendo pontes entre países, gerações e tempos históricos. Nessas travessias, surgem brechas de comunicação entre quem filma e quem é filmado, revelando ecos de memórias, afetos e desigualdades. As obras convidam a pensar o documentário não apenas como registro, mas como forma de encontro e de escuta num mundo marcado por separações e traumas.
Cinema marginal piauiense
Nos anos 1970, um coletivo de artistas, jornalistas, cineastas e agitadores culturais de Teresina transformou o Super-8, então tecnologia doméstica da Kodak, em linguagem cinematográfica de vanguarda. Influenciados pela Tropicália, pelo cinema marginal brasileiro e por figuras como Torquato Neto, Ivan Cardoso, e Luiz Otávio Pimentel, nomes como Edmar Oliveira, Xico Pereira, Dogno Içaiano, Antônio Noronha, Lindemberg Pirajá, José Alencar, Carlos Galvão, Arnaldo Albuquerque, Durvalino Couto, Haroldo Barradas, Rubem Gordim, e Nelson Nunes criaram filmes que desafiavam os códigos narrativos e a repressão da ditadura com liberdade, humor e crítica. Esse conjunto de filmes mostra como esse grupo articulou uma produção descentralizada e colaborativa entre Teresina, Rio de Janeiro, Fortaleza e Belém, usando o cinema como ferramenta de invenção estética e resistência política. Hoje essa produção é reconhecida como “Cinema marginal piauiense”, símbolo de uma experiência intensa de experimentação, amizade e rebeldia que transformou a margem em potência criativa.
Homenagem a Claudia Cardinale
Atriz conhecida mundialmente pela sua beleza e marcante presença de tela, Claudia Cardinale atuou em alguns dos maiores filmes italianos dos anos 1960, como 8½ de Federico Fellini, O leopardo de Luchino Visconti e Era uma vez no oeste, de Sergio Leone. Passou também pelo cinema americano (A pantera cor de rosa, Não faça onda, Os profissionais), pelo francês (Cartouche) e até no Brasil ela dançou samba na produção italiana Uma rosa para todos, filmada inteiramente no Rio de Janeiro, e apareceu em letras de canções de Caetano Veloso e Moreira da Silva. A Cinemateca homenageia a atriz, falecida em 23 de setembro último, com dois longas-metragens em que ela é protagonista e pelos quais foi premiada com o David di Donatello: A moça com a valise, de Valerio Zurlini, e O dia da coruja, de Damiano Damiani.
Homenagem a Ken Jacobs
Um dos nomes mais importantes do cinema experimental americano, Ken Jacobs foi um dos grandes gênios do cinema de found footage (filmes utilizando imagens já existentes), criando efeitos tridimensionais e estroboscópicos. Falecido em 5 de outubro último, deixou uma obra de mais de 60 filmes, entre curtas e longas (entre eles, seu projeto de vida, Star Spangled to Death, que demorou mais de 50 anos para ser terminado e que tem duração de quase sete horas). A Cinemateca faz uma seleção de seus filmes mais influentes, desde o “cinema baudelairiano” dos anos 60 protagonizado por Jack Smith até a guinada para o cinema estrutural com Tom, Tom, the Piper’s Son, até filmes mais recentes como The Georgetown Loop e Disorient Express.
Homenagem a Robert Redford
Reconhecido como um dos atores mais belos dos anos 1970, Robert Redford foi também um ator de grande talento, um diretor com sensibilidade singular e um visionário do cinema americano que fundou o Festival de Sundance e alterou a cara do cinema independente americano. Se sua figura de ator remete imediatamente a blockbusters setentistas como Mais forte que a vingança, Três dias do condor e Todos os homens do presidente, seu estilo como diretor é mais intimista e analítico. A Cinemateca presta homenagem a Redford, falecido no último 16 de setembro, exibindo um filme seu como ator, Golpe de mestre – sua única indicação ao Oscar como ator – e Gente como a gente, sua estreia na direção, e seu primeiro e único Oscar… como diretor.
Homenagem a Iberê Cavalcanti
Falecido aos 90 anos no último dia 20 de setembro, Iberê Cavalcanti foi um cineasta brasileiro globe-trotter, passando pelas TVs francesa e britânica na década de 1960, diretor de curtas e médias em Cuba e na Alemanha Oriental, e finalmente diretor de longas-metragens no Brasil a partir de A virgem prometida, de 1968. Depois que seu terceiro longa O dia marcado (1971) foi boicotado por agentes do mercado, passou a ter realizações mais bissextas, entre elas A força de Xangô (1977), premiado no Festival de Cinema Etnográfico do Panamá. Prestaremos a homenagem a Iberê exibindo dois filmes praticamente inéditos, O dia marcado – que conta com Glauce Rocha em seu último papel no cinema – e Terra de Deus (2000), protagonizado por Lucélia Santos e Stepan Nercessian.
Aconteceu 100 anos atrás
A Cinemateca do MAM mantém viva a memória do cinema em todas as suas épocas. Em novembro, terminaremos nossa viagem por 1925 com O grande desfile, recordista de bilheteria do ano nos Estados Unidos e uma das melhores obras de King Vidor no período silencioso; e com Rua das lágrimas, com direção de G.W. Pabst (A caixa de Pandora, Diário de uma garota perdida) e estrelado por duas grandes estrelas nórdicas, a dinamarquesa Asta Nielsen e a sueca Greta Garbo, aqui em seu terceiro papel no cinema.
SÁB 1 NOV . 18h
O cinema de Victor Erice. O sul (El sur), de Victor Erice. Espanha, 1983. Com Omero Antonutti, Sonsoles Aranguren, Icíar Bollaín. 94’. Em DCP. Legendas em português. Classificação indicativa livre.
DOM 2 NOV . 15h40
O cinema de Victor Erice. Victor Erice / Abbas Kiarostami: Correspondências (Victor Erice / Abbas Kiarostami: correspondencias), de Victor Erice e Abbas Kiarostami. Espanha, 2007. 96’. Em DCP. Legendas em português. Classificação indicativa livre.
DOM 2 NOV . 17h40
O cinema de Victor Erice. O sol de marmelo (El sol del membrillo), de Victor Erice. Espanha, 1992. Com Antonio López, María Moreno, Enrique Gran. 133’. Em DCP. Legendas em português. Classificação indicativa livre.
SÁB 8 NOV . 13h
Lumen – Festival de Cinema Independente do Rio de Janeiro. Doce Amianto, de Guto Parente e Uirá dos Reis. Brasil, 2015. Com Deynne Augusto, Uirá dos Reis, Dario Oliveira. 70’. + Cruzamento, de Guto Parente e Pedro Diógenes. Brasil, 2007. Com Bruno Leonardo e Ticiano Monteiro. 16’. Em DCP. Classificação indicativa 18 anos.
SÁB 8 NOV . 15h
Lumen – Festival de Cinema Independente do Rio de Janeiro. A canção de Suzanne Césaire (The Ballad of Suzanne Césaire), de Madeleine Hunt-Ehrlich. EUA, 2025. Com Zita Hanrot, Motell Gyn Foster, Josué Gutierrez. 74’. + A casa de Jacob (Jacob’s House), de Lucas Kane. EUA, 2025. Documentário. 21’. Em DCP. Legendas em português. Classificação indicativa 16 anos.
SÁB 8 NOV . 17h
Lumen – Festival de Cinema Independente do Rio de Janeiro. O quarto das sombras (La Chambre d’ombres), de Camilo Restrepo. França, 2025. Documentário. 65’. Em DCP + Eu não gosto dos filmes (I Don’t Like the Movies), de Pablo Pijnappel. Brasil, 2024. 19’. Em 35mm. Legendas em português. Classificação indicativa 16 anos.
SÁB 8 NOV . 19h
Lumen – Festival de Cinema Independente do Rio de Janeiro. Sessão de abertura. Morte e vida Madalena, de Guto Parente. Brasil, 2025. Com Noá Bonoba, Nataly Rocha, Tavinho Teixeira. 85’ + Em busca de S., de Gustavo de Mattos Jahn. Brasil/Alemanha, 2025. Com Raquel Villar, Juarez Nunes, Hernani Heffner. 17’. Em DCP. Classificação indicativa 16 anos.
DOM 9 NOV . 13h
Lumen – Festival de Cinema Independente do Rio de Janeiro. A misteriosa morte de Pérola, de Guto Parente e Ticiana Augusto Lima. Brasil, 2014. Com Ticiana Augusto Lima e Guto Parente. 62’ + Espuma e osso, de Guto Parente e Ticiano Monteiro. Brasil, 2007. Com Victoria de Melo e Ticiano Monteiro. 20’. Em DCP. Classificação indicativa 16 anos.
DOM 9 NOV . 14h45
Lumen – Festival de Cinema Independente do Rio de Janeiro. Ninho de pássaro (Mare’s Nest), de Ben Rivers. Reino Unido/França/Canadá, 2025. Com Moon Guo Barker. 95’ + Notas de um Crocodilo (Notes of a Crocodile), de Daphne Xu. Camboja/China/Canadá, 2024. 18’. Em DCP. Legendas em português. Classificação indicativa 16 anos.
DOM 9 NOV . 17h
Lumen – Festival de Cinema Independente do Rio de Janeiro. Filme demência, de Carlos Reichenbach. Brasil, 1986. Com Ênio Gonçalves, Emílio Di Biasi, Imara Reis. 92’. Em DCP. Classificação indicativa 16 anos.
DOM 9 NOV . 19h
Lumen – Festival de Cinema Independente do Rio de Janeiro. Idade da pedra, de Renan Rovida. Brasil, 2024. Com Renan Rovida, Carlota Joaquina, Carlos Francisco. 70’ + Do Caldeirão da Santa Cruz do Deserto, de Weyna Macedo, Lucas Parente, Adeciany Castro e Mariana Smith. Brasil, 2025. Documentário. 10’. + debate com os realizadores. Em DCP. Classificação indicativa 16 anos.
TER 11 NOV . 13h
Lumen – Festival de Cinema Independente do Rio de Janeiro. O clube dos canibais, de Guto Parente. Brasil, 2018. Com Ana Luiza Rios, Tavinho Teixeira, Zé Maria. 80’ + Flash Happy Society, de Guto Parente. Brasil, 2009. Experimental. 8’. Em DCP. Classificação indicativa 16 anos.
TER 11 NOV . 14h45
Lumen – Festival de Cinema Independente do Rio de Janeiro. Evidência (Evidence), de Lee Anne Schmidt. EUA, 2025. Documentário. 76’ + Pelos olhos deles (Their Eyes), de Nicolas Gourault. França, 2025. Documentário. 23’. Em DCP. Legendas em português. Classificação indicativa 16 anos.
TER 11 NOV . 17h
Lumen – Festival de Cinema Independente do Rio de Janeiro. Espada do silêncio (Sword of Silence), de Reese Cleveland. Austrália, 2025. Com Dimon Pilates, Jonathon Trevillien, Sam Dixon. 109’. Em DCP. Legendas em português. Classificação indicativa 16 anos.
TER 11 NOV . 19h15
Lumen – Festival de Cinema Independente do Rio de Janeiro. Estreia, ou Objetos do campo de detritos conforme atualmente catalogados (Debut, or, Objects of the Field of Debris as Currently Catalogued), de Julian Castronovo. EUA, 2025. Documentário. 78’. + Festa do aborto (Abortion Party), de Julia Mellen. Espanha, 2025. Documentário experimental. 13’. Em DCP. Legendas em português. Classificação indicativa 16 anos.
QUA 12 NOV . 13h
Lumen – Festival de Cinema Independente do Rio de Janeiro. O estranho caso de Ezequiel, de Guto Parente. Brasil, 2016. Com Euzébio Zloccowick, Nataly Rocha, Caio Dias. 71’. + Passos no silêncio, de Guto Parente. Brasil, 2008. Com Thaïs Dahas, Jordão Nogueira. 17’. Em DCP. Classificação indicativa 16 anos.
QUA 12 NOV . 14h45
Lumen – Festival de Cinema Independente do Rio de Janeiro. Inferninho, de Guto Parente e Pedro Diógenes. Brasil, 2018. Com Yuri Yamamoto, Demick Lopes, Samya De Lavor. 82’. + O saco azul, de Guto Parente e Frederico Benevides. Brasil, 2010. Com Jumenta Café, Thaïs Dahas, Pedro Diógenes. 14’. Em DCP. Classificação indicativa 16 anos.
QUA 12 NOV . 16h45
Lumen – Festival de Cinema Independente do Rio de Janeiro. Os funcionários (The Regulars), de Fil Freitas. Reino Unido, 2025. Com Fil Freitas, Dusty Keeney, Ricardo Freitas. 106’. + Caravana da coragem, de Pedro B. Garcia. Brasil, 2024. Com Luiz Guilherme Lopes, Beatriz Santos Souza, Isis Lopes. 12’. Em DCP. Legendas em português. Classificação indicativa 16 anos.
QUA 12 NOV . 19h
Lumen – Festival de Cinema Independente do Rio de Janeiro. Temperatura do quarto (Room Temperature), de Dennis Cooper e Zac Farley. EUA, 2025. Com Charlie Nelson Jacobs, John Williams, Chris Olsen. 92’. + Anatomia do controle (Control Anatomy), de Mahmoud Alhaj. Palestina, França, 2025. Filme ensaio. 17’. Em DCP. Legendas em português. Classificação indicativa 16 anos.
QUI 13 NOV . 13h
Lumen – Festival de Cinema Independente do Rio de Janeiro. Um jockey cearense na Coreia, de Guto Parente e Ni-Kyung Oh. Brasil/Coreia do Sul, 2022. Com Antonio Davielson. Documentário. 75’. + Eu, turista, de Guto Parente. Brasil, 2010. Documentário. 17’. Em DCP. Classificação indicativa 16 anos.
QUI 13 NOV . 14h45
Lumen – Festival de Cinema Independente do Rio de Janeiro. Sob a chama da candeia, de André Gil Mota. Portugal, 2025. Com Eva Ras, Márcia Breia, Catarina Carvalho Gomes. 110’. + Loynes, de Dorian Jespers. França/Bélgica, 2025. Com Vicenç Altaió, Terry Briscoe, Elaine Collins. 25’. Em DCP. Legendas em português. Classificação indicativa 16 anos.
QUI 13 NOV . 17h15
Lumen – Festival de Cinema Independente do Rio de Janeiro. Little Boy, de James Benning. EUA, 2025. Documentário. 76’ + Cerimônia do fogo (Burn Ceremony), de Alexander Girav. EUA, 2025. Documentário. 17’. Em DCP. Legendas em português. Classificação indicativa 16 anos.
QUI 13 NOV . 19h
Lumen – Festival de Cinema Independente do Rio de Janeiro. Dragkiller, de Johnny Victor. Brasil, 2025. Com Tita Tully, Femmenino, Rodrigo Hightower. 70’. + A tragédia da lobo-guará, de Kimberly Palermo. Brasil, 2025. Animação. 18’. + debate com os realizadores. Em DCP. Classificação indicativa 16 anos.
SEX 14 NOV . 13h
Lumen – Festival de Cinema Independente do Rio de Janeiro. Estranho caminho, de Guto Parente. Brasil, 2023. Com Lucas Limeira, Carlos Francisco, Rita Cabaço. 85’ + Dizem que os cães veem coisas, de Guto Parente. 2012. Com Marco Goulart, Karla Karenina, Guilherme Moreira. 12’. Em DCP. Classificação indicativa 16 anos.
SEX 14 NOV . 14h45
Lumen – Festival de Cinema Independente do Rio de Janeiro. Capítulos perdidos (Los capítulos perdidos), de Lorena Alvarado. Venezuela, 2025. Com Ena Alvarado, Ignacio Alvarado, Adela Rodriguez. 67’. + Um mergulho em água fria, de Raquel Loureiro Marques. Portugal, 2024. Documentário. 20’. Em DCP. Legendas em português. Classificação indicativa 16 anos.
SEX 14 NOV . 16h30
Lumen – Festival de Cinema Independente do Rio de Janeiro. O descompasso do Chile (The Bewilderment of Chile), de Lucia Seles. Argentina, 2025. Com Gonzalo García-Pelayo, Javier García-Pelayo, Iván García-Pelayo. 122’. Em DCP. Legendas em português. Classificação indicativa 16 anos.
SEX 14 NOV . 19h
Lumen – Festival de Cinema Independente do Rio de Janeiro. Kickflip, de Lucca Filippin. Brasil, 2025. Com Sofia Librandi, Adriana Filippin, Pedro Trasfereti. 89’ + Feiúra comovente, de Ultra Martini. Brasil, 2025. Com Ultra Martini, Pê Moreira, Georgia Vitrillis. 16’. + debate com os realizadores. Em DCP. Classificação indicativa 16 anos.
SÁB 15 NOV . 13h
Lumen – Festival de Cinema Independente do Rio de Janeiro. Almas mortas (Dead Souls), de Alex Cox. Espanha, 2025. Com Alex Cox, Levee Duplay, Antonio Amate. 85’. + Diga-me por quê (Tell Me Why), de Roger Deutsch. Hungria, 2025. Experimental. 12’. Em DCP. Legendas em português. Classificação indicativa 16 anos.
SÁB 15 NOV . 14h50
Lumen – Festival de Cinema Independente do Rio de Janeiro. Um minuto é uma eternidade para quem está sofrendo, de Wesley Pereira de Castro e Fábio Rogério. Brasil, 2025. Com Wesley Pereira de Castro. 62’. + Núbia, de Barbara Bello. Brasil, 2025. Com Barbara Bello, Pedro Ávila, Lua Abreu. 9’. + debate com os realizadores. Em DCP. Legendas em português. Classificação indicativa 18 anos.
SÁB 15 NOV . 16h30
Lumen – Festival de Cinema Independente do Rio de Janeiro. Nós somos o Fugazi de Washington, D.C. (We Are Fugazi from Washington, D.C.), de Joe Grosse e Jeff Krulik. Estados Unidos, 2025. Documentário. 95’. + Sonhamos com lugares que não existem mais (We Dreamed in Places That No Longer Exist), de Giorgos Efthimiou. Grécia, 2024. Com Eleftheria Kazana, David Gebski, Rosa Rensink. 6’. Em DCP. Legendas em português. Classificação indicativa 16 anos.
SÁB 15 NOV . 18h30
Lumen – Festival de Cinema Independente do Rio de Janeiro. Olympia, de Alix Pennequin e Lola Norda. França, 2024. Com Yannis Amoroux, Lola Norda, Rebecca Marco Roca. 50’. + Nina em uma série de encontros (Nina in einer Reihe Begegnungen), de Sophie Gmeiner. Alemanha/Áustria, 2025. Com Trang Dông, Marlene Goksch, Mina Hailde Guschke. 30’. + debate com os realizadores. Em DCP. Legendas em português. Classificação indicativa 16 anos.
DOM 16 NOV . 15h
Cinema marginal piauiense. Sessão 1: Um sonho piauiense. Carcará, pega, mata e come, de Arnaldo Albuquerque. Brasil, 1977. Animação. 3’. + O terror da vermelha, de Torquato Neto. Brasil, 1972. Com Edmar Oliveira, Conceição Galvão, Geraldo Cabeludo. 34’. + Um sonho americano, de Arnaldo Albuquerque. Brasil, 1973. Com Edilberto Costa, Yé Yé Costa, Meirilene. 5’. + Coração materno, de Haroldo Barradas. Com Pierre Baiano, Franci Barradas, Xico Pereira. 15’. + Miss Dora, de Edmar Oliveira. Brasil, 1974. Com Dora Marcelina, Edmar Oliveira, José Alencar. 18’. + David Aguiar, de Durvalino Couto. Brasil, 1975. Com David Aguiar, Durvalino Couto, Naire Villar. 17’. Em h264. Classificação indicativa 18 anos.
DOM 16 NOV . 17h
Cinema marginal piauiense. Sessão 2: Marginais no Rio e em Belém. Vã-pirações, de Arnaldo Albuquerque. Brasil, 1980. Animação. 3’. + Helô e Dirce – Mangú Bangue, de Luiz Otávio Pimentel. Brasil, 1971. Com Torquato Neto, Zé Português, Paulo Supply. 19’. + Porenquanto, de Carlos Galvão. Brasil, 1973. Com Celso Braga, Conceição Galvão, Rubem Gordim. 15’. + Escorpião vermelho, de Carlos Galvão. Brasil, 1974. Com Edilberto Costa, Conceição Galvão. 3’. + Marginália, de Nelson Nunes. Brasil, 1974. Com Augusto, Rose, José Henrique Rabelo. 14’. + Tupy Niquim, de Xico Pereira. Brasil, 1974. Com Rubem Gordim, Conceição Galvão, Xico Pereira. 17’. Em h264. Classificação indicativa 18 anos.
DOM 16 NOV . 18h40
Cinema marginal piauiense. Sessão 3: Às margens da História. Mergulho, de Arnaldo Albuquerque e Lídia Albuquerque. Brasil, 1980. Animação. 3’. + O guru da sexy cidade, Antônio Noronha. Brasil, 1973. Com Pierre Baiano, Durvalino Filho, Marilene Lages. 10’. + Cabeça de cuia, de Lindemberg Pirajá. Brasil, 1979. Com Tarciso Prado. 13’. + Festa junina no Hospital Areolino de Abreu, de Edmar Oliveira. Brasil, 1973. Documentário. 13’. + Aterro, de Dogno Içaiano. Brasil, 1979. Documentário. 9’. + Tio João, de Antônio Noronha. Brasil, 1978. Documentário. 9’. Em h264. Classificação indicativa 18 anos.
TER 18 NOV . 18h30
Temporada França-Brasil 2025. Aqui acolá. Atlantiques, de Mati Diop. Senegal e França, 2009. Documentário. 16′. Em DCP. Legendas em português. + Dona água (Madame l’eau), de Jean Rouch. França, 1993. Documentário. 105’. Em DCP. Legendas em português. Classificação indicativa 12 anos. Sessão apresentada por Pauline Girardot Chevaucheur. Programação concebida em parceria com Associação Documentaire sur grand écran e com apoio do Institut Français e parte do Année France Brésil 2025.
QUA 19 NOV . 16h30
Temporada França-Brasil 2025. Aqui acolá. Romances de terra e água (Romances de terre et d’eau), de Jean Pierre Duret e Andrea Santana. França e Bélgica, 2001. Documentário. 78’. Em DCP. Classificação indicativa 12 anos. Programação concebida em parceria com Associação Documentaire sur grand écran e com apoio do Institut Français e parte do Année France Brésil 2025.
QUA 19 NOV . 18h30
Temporada França-Brasil 2025. Aqui acolá. A cerca (Haçla), de Tariq Teguia. Argélia e França, 2003. Documentário. 25′. Em DCP. Legendas em português. + Aqui, acolá (Ici là bas), de Dominique Cabrera. França e Argélia, 1988. Documentário. 13′. Em DCP. Legendas em português.+ Questão de identidade (Question d’identité), de Denis Gheerbrant, França, 1986. Documentário. 55′. Programação concebida em parceria com Associação Documentaire sur grand écran e com apoio do Institut Français e parte do Année France Brésil 2025. Sessão seguida de debate com Lúcia Monteiro Ramos (UFF) e Nicholas Andueza (Cinemateca do MAM).
QUI 20 NOV . 15h
Temporada França-Brasil 2025. Aqui acolá. No meio do mundo (Puisque nous sommes nés), de Jean Pierre Duret e Andrea Santana. Brasil, 2008. Documentário. 90′. Em DCP. Classificação indicativa 12 anos. Programação concebida em parceria com Associação Documentaire sur grand écran e com apoio do Institut Français e parte do Année France Brésil 2025.
QUI 20 NOV . 17h
Temporada França-Brasil 2025. Aqui acolá. O fundo do ar é vermelho (Le fond de l’air est rouge), de Chris Marker. Documentário. 180′. Em DCP. Legendas em português. Classificação indicativa 18 anos. Programação concebida em parceria com Associação Documentaire sur grand écran e com apoio do Institut Français e parte do Année France Brésil 2025.
SEX 21 NOV . 16h20
Homenagem a Claudia Cardinale. O dia da coruja (Il giorno della civetta), de Damiano Damiani. Itália/França, 1968. Com Claudia Cardinale, Franco Nero, Lee J. Cobb. 108’. Em DCP. Legendas em português. Classificação indicativa 14 anos.
SEX 21 NOV . 18h30
Homenagem a Ken Jacobs. Little Stabs at Happiness, de Ken Jacobs. EUA, 1963. Com Jack Smith, Jerry Sims. Experimental. 15’. + Blonde Cobra, de Ken Jacobs. EUA, 1963. Com Jack Smith, Ken Jacobs. Experimental. 37’. + Perfect Film, de Ken Jacobs. EUA, 1986. Experimental. 22’. + The Georgetown Loop, de Ken Jacobs. EUA, 1996. Experimental. 11’. + Disorient Express, de Ken Jacobs. EUA, 1996. Experimental. 30’. Em DCP. Legendas em português. Classificação indicativa 18 anos.
SÁB 22 NOV . 15h40
Homenagem a Claudia Cardinale. A moça com a valise (La ragazza con la valigia), de Valerio Zurlini. Itália/França, 1961. Com Claudia Cardinale, Jacques Perrin, Renato Baldini. 121’. Em DCP. Legendas em português. Classificação indicativa 14 anos.
SÁB 22 NOV . 18h
Homenagem a Robert Redford. Golpe de mestre (The Sting), de George Roy Hill. EUA, 1973. Com Robert Redford, Paul Newman, Robert Shaw. 129’. Em DCP. Legendas em português. Classificação indicativa 18 anos.
DOM 23 NOV . 15h10
Aconteceu 100 anos atrás. O grande desfile (The Big Parade), de King Vidor. EUA, 1925. Com John Gilbert, Renée Adorée, Hobart Bosworth. 151’. Em DCP. Legendas em português. Classificação indicativa livre.
DOM 23 NOV . 18h
Homenagem a Ken Jacobs. Tom, Tom, the Piper’s Son, de Ken Jacobs. EUA, 1969. Experimental. 115’. Em DCP. Legendas em português. Classificação indicativa 14 anos.
SEG 24 NOV . 14h
Cine POP. Garoto cósmico, de Alê Abreu. Brasil, 2007. Com vozes de Aleph Naldi, Bianca Rayen, Raul Cortez, Vanessa da Mata e Belchior. 76’. Em DCP. Classificação indicativa livre. Sessão em parceria com o Centro Pop Bárbara Calazans (1ª CAS – Primeira Coordenadoria de Assistência Social da Secretaria Municipal de Assistência Social)
TER 25 NOV . 17h
Sessão especial. Lançamento do livro Spectra, de Marcos Bonisson. Exibição dos filmes Kopacabana, de Marcos Bonisson e Khalil Charif. Brasil, 2019. Com narração de Fausto Fawcett. 14’. + Burning Pictures, de Marcos Bonisson. Brasil, 2007. 5’. + Mergulhos, de Marcos Bonisson. Brasil, 1977. 3’. + Microfilmes, de Marcos Bonisson. Brasil, 2018. 7’. + Korrupta, de Marcos Bonisson. Brasil, 2022. 4’. + conversa com o artista. Sessão com apoio da editora Piscina Pública.
TER 25 NOV . 18h30
Sessão especial. Eros, de Rachel Daisy Ellis. Brasil, 2024. Documentário. 108’. Exibição em DCP. Classificação indicativa 18 anos. + conversa com a diretora.
QUA 26 NOV . 18h30
Sessão especial. O evangelho da revolução (L’Évangile de la révolution), de François-Xavier Drouet. França/Bélgica, 2024. Documentário. 115’. Exibição em DCP. Legendas em português. Classificação indicativa 14 anos. + conversa com o diretor.
QUI 27 NOV . 18h30
Cineclube Lemakino. Saneamento básico – O filme, de Jorge Furtado. Brasil, 2007. Com Fernanda Torres, Wagner Moura, Camila Pitanga. 112’. Em DCP. Classificação indicativa livre. + debate com Isadora Camargo (ECO/UFRJ) e Jorge Furtado (a confirmar).
SEX 28 NOV . 17h
Homenagem a Iberê Cavalcanti. O dia marcado, de Iberê Cavalcanti. Brasil, 1971. Com Simon Khoury, Glauce Rocha, Nanni Weber. 73’. Em DCP. Classificação indicativa 14 anos.
SEX 28 NOV . 18h30
Homenagem a Iberê Cavalcanti. Terra de Deus, de Iberê Cavalcanti. Brasil, 1999. Com Stepan Nercessian, Lucélia Santos, Marcelo Moraes. 124’. Em DCP. Classificação indicativa 14 anos. + debate com a atriz Lucélia Santos e o produtor Pery de Canti. Mediação: Fábio Vellozo e Gregory Baltz.
SÁB 29 NOV . 15h10
Aconteceu 100 anos atrás. Rua das lágrimas (Die freudlose Gasse), de G.W. Pabst. Alemanha, 1925. Com Asta Nielsen, Greta Garbo, Ágnes Eszterházy. 150’. Em DCP. Legendas em português. Classificação indicativa livre.
SÁB 29 NOV . 18h
Homenagem a Robert Redford. Gente como a gente (Ordinary People), de Robert Redford. EUA, 1980. Com Donald Sutherland, Mary Tyler Moore, Timothy Hutton. 124’. Em DCP. Legendas em português. Classificação indicativa 12 anos.
DOM 30 NOV . 15h30
Festival de Cinema Italiano no Brasil. Antes da revolução (Prima della rivoluzione), de Bernardo Bertolucci. Itália, 1964. Com Adriana Asti, Allen Midgette, Francesco Barilli, Morando Morandini. 115’. Em DCP. Legendas em português. Classificação indicativa 16 anos.
DOM 30 NOV . 18h
Festival de Cinema Italiano no Brasil. Encerramento. Primeiro encontro (FolleMente), de Paolo Genovese. Itália, 2025. Com Edoardo Leo, Pilar Fogliati, Claudia Pandolfi. 97’. Em DCP. Legendas em português. Classificação indicativa 12 anos. Sessão com presença do ator Edoardo Leo e de Roberto Stabile, responsável de Projetos Especiais da Direção Geral de Cinema e Audiovisual do Ministério da Cultura Italiano (DGCA-MiC) e Cinecittà.
PROGRAMAÇÃO ONLINE
As mostras acontecem no Vimeo da Cinemateca do MAM.
Panorama aberto
Panorama Aberto é uma janela contínua para o cinema brasileiro dedicada à exibição de filmes. A mostra propõe um recorte em permanente movimento, voltado à produção contemporânea independente, com ênfase em obras de forte expressão autoral e circulação restrita. Sem a pretensão de esgotar caminhos ou tendências, o projeto valoriza a diversidade de olhares e experiências que atravessam o audiovisual nacional, reconhecendo nos filmes uma potência de escuta, resistência e reinvenção.
Em novembro, a mostra destaca obras que atravessam a ficção e o documentário para construir narrativas femininas plurais, sensíveis e politicamente enraizadas. Longe de qualquer homogeneização, os filmes apresentam olhares singulares sobre o mundo, revelando experiências, afetos e tensões que frequentemente escapam aos enquadramentos normativos.
Atentas ao cotidiano, à intimidade e aos atravessamentos sociais e históricos que moldam corpos e existências, as obras deste mês celebram o olhar feminino como força inventiva, capaz de reconfigurar tanto o real quanto a linguagem cinematográfica. Mais do que destacar presenças, a mostra convida à escuta de vozes que seguem tensionando espaços, estruturas e silêncios. Em cada obra, um gesto de afirmação e reinvenção: do mundo, do olhar e do próprio cinema.
TER 4 – SEG 10 NOV
Panorama Aberto. O silêncio elementar, de Mariana de Melo. Brasil, 2024. 15’. Com Raul Sandim e Gabriela Gundim da Silva. Em mp4 (h264). Classificação indicativa 10 anos.
QUI 6 NOV . 20h (YouTube e Facebook do museu)
Conversa com Mariana de Melo sobre O silêncio elementar. Mediação de Caroline Gaio.
TER 11 – SEG 17 NOV
Panorama Aberto. Cida tem duas sílabas, de Giovanna Castellari. Brasil, 2023. 19’. Com Mariana Muniz, Rogério Bandeira, Monalisa Silva e Alice Salles. Em mp4 (h264). Classificação indicativa 12 anos.
QUI 13 NOV . 20h (YouTube e Facebook do museu)
Conversa com Giovanna Castellari sobre Cida tem duas sílabas. Mediação de Djulye Cerri.
TER 18 – SEG 24 NOV
Panorama Aberto. Pedra polida, de Danny Barbosa. Brasil, 2022. Com Sophia Williams, Suzy Lopes, Paulo Phillipe, Margarida Santos, Laís Vieira, Márcio di Paula, Buda Lira, Fernanda Ferreira e Alison Bernardes. Em mp4 (h264). Classificação indicativa 12 anos.
QUI 20 NOV . 20h (YouTube e Facebook do museu)
Conversa com Danny Barbosa sobre Pedra polida. Mediação de Manoela Menandro.
TER 25 NOV – SEG 1 DEZ
Panorama Aberto. O céu não sabe meu nome, de Carol AÓ. Brasil, 2024. Com Jamile Cazumbá, Inês Mendes, Clara Paixão, Heraldo de Deus, Eloah Silva, Lis Dória e Dandara Baldez. Em mp4 (h264). Classificação indicativa livre.
SEG 1 DEZ . 20h (YouTube e Facebook do museu)
Conversa com Carol AÓ sobre O céu não sabe meu nome. Mediação de Ana Angel.
CINEMATECA DO MAM NO CCBB | PROGRAMAÇÃO EXTERNA
No Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro
Rua Primeiro de Março 66, Centro
Ingressos gratuitos, disponibilizados às 9h do dia da sessão na bilheteria física ou no site.
NOVEMBRO
Filmes longos
Ao longo da história do cinema, a duração de um filme suscitou debates de ordem comercial, fisiológica, estética, técnica, política e filosófica. Em seus primeiros anos, o cinema foi uma expressão artística proposta para poucos minutos, mas logo configurou-se em torno de uma estrutura dramática com duração entre 90 a 120 minutos. Este era – e ainda é – o tempo considerado adequado para manter a atenção do espectador e, ao mesmo tempo, viabilizar um número adequado e rentável de sessões diárias.
Mas o tempo é uma noção complexa e sujeita a diferentes percepções e construções. Pode variar em nossa experiência subjetiva e no jogo artístico, inclusive em filmes que propositalmente manipulam grandezas matemáticas para criar variações de ritmo. Algumas variações coincidentes com a da hora dos relógios, e outras se lançam em experiências de aceleração ou de vagar, de acúmulo ou de cansaço, de complexidade, condensação, desorientação, exaustão, fluxo, imersão e saturação. Criam sensações. A duração também pode expressar outras noções, como a da escala da narrativa, do empreendimento, e da própria História em sua dimensão épica.
O primeiro longa-metragem surgiu em 1904, o australiano The Story of Kelly Gang, de cerca de 70 minutos. Já nos anos 1910 os filmes franceses e estadunidenses em série propuseram narrativas longuíssimas, em que o jogo de demoras, expectativas e interrupções criava uma forma particular de suspense temporal. O modelo de produção e comercialização dos serials serviria às primeiras tentativas de filmes que ultrapassavam 2 horas, com a maioria girando em torno de 7 ou 8 horas, como o Photo-drame of Creation (Charles Russell), La Roue (Abel Gance) e Greed (Erich von Stroheim). Vários foram lançados em múltiplas partes ou simplesmente mutilados em versões de cerca de 2 horas, quando não destruídos, como foi o caso de Huo shao hong lian si (Chang Shishuan), que durava 27 horas. O filme foi lançado em 19 longas-metragens entre 1928 e 1931, e seu estrondoso sucesso levou o governo chinês a banir todos os filmes de wu xia (narrativas de artes marciais).
A recusa por filmes mais longos os colocou ora no campo experimental e não comercial, com a maioria dos títulos sendo raramente vistos em tela grande, ora na contingência de encontrar novas chancelas ou molduras, como a continuação da antiga divisão por partes, a proposição de trilogias, sagas e universos expandidos, e mesmo a migração para a televisão, com a retomada do formato do folhetim literário como minissérie, novela e outras variações.
A mudança para a tecnologia digital e o surgimento de plataformas de compartilhamento de vídeos, na passagem ao século 21, permitiu finalmente o acesso e a convivência sem muitos conflitos com expressões de longuíssima duração. A produção mais longa da história, Logistics, com 857 horas de duração, realizada em 2012 por Daniel Andersson e Erika Magnusson, está disponível no Youtube. Alguns títulos longos, em geral de diretores consagrados, chegaram ao mercado tradicional de salas, ou ao menos aos festivais, e a cinefilia abraçou a integridade artística das obras com horas e horas de projeção, assim como o espectador da televisão a cabo e do streaming criou o hábito da maratona audiovisual.
A mostra, que se estenderá por parte do mês de dezembro, procura oferecer a oportunidade da imersão radical no tempo do cinema, com uma seleção de diferentes formatos e estratégias desenvolvidos ao longo da história. Apresenta desde títulos conhecidos até alguns com pouca circulação pelo Brasil.
A maioria das sessões terá intervalos. Algumas mais de um. Mesmo assim, recomenda-se ao espectador levar algum líquido para acompanhar as maratonas. E não se esqueça: mês que vem tem mais…
DOM 2 NOV . 13h
Filmes longos. Fanny e Alexander, episódio 1: A família Ekhdal comemora o Natal (Fanny och Alexander, ep. 1: Familjen Ekdahl firar jul), de Ingmar Bergman. Suécia, 1984. Com Börje Ahlstedt, Pernilla Allwin e Kristian Almgren. 96’. Em mp4. Legendas em português. Classificação indicativa 10 Anos.
DOM 2 NOV . 14h45
Filmes longos. Fanny e Alexander, episódio 2: O fantasma (Fanny och Alexander, ep. 2: Vålnaden), de Ingmar Bergman. Suécia, 1984. Com Börje Ahlstedt, Pernilla Allwin e Allan Edwall. 41’. Em mp4. Legendas em português. Classificação indicativa 10 anos.
DOM 2 NOV . 15h30
Filmes longos. Fanny e Alexander, episódio 3: A ruptura (Fanny och Alexander, ep. 3: Uppbrottet), de Ingmar Bergman. Suécia, 1984. Com Börje Ahlstedt, Pernilla Allwin e Ewa Fröling. 41’. Em mp4. Legendas em português. Classificação indicativa 10 anos.
DOM 2 NOV . 16h40
Filmes longos. Fanny e Alexander, episódio 4: Eventos do verão (Fanny och Alexander, ep. 4: Sommarens händelser), de Ingmar Bergman. Suécia, 1984. Com Börje Ahlstedt, Pernilla Allwin e Harriet Andersson. 60’. Em mp4. Legendas em português. Classificação indicativa 10 anos.
SEG 3 NOV . 17h
Filmes longos. Guerra e Paz – Andrei Bolkonsky (Voyna i mir I: Andrey Bolkonskiy), de Sergei Bondarchuk. URSS, 1965. Com Liudmila Saveleva, Sergei Bondarchuk e Viacheslav Tikhonov. 147’. Em mp4. Legendas em português. Classificação indicativa 14 anos.
QUA 5 NOV . 17h
Filmes longos. Guerra e Paz – Natasha Rostova (Voyna i mir II: Natasha Rostova), de Sergei Bondarchuk. URSS, 1965. Com Liudmila Saveleva, Sergei Bondarchuk e Viacheslav Tikhonov. 98’. Em mp4. Legendas em português. Classificação indicativa 14 anos.
QUI 6 NOV . 17h
Filmes longos. Guerra e Paz – 1812 (Voyna i mir III: 1812 god), de Sergei Bondarchuk. URSS, 1967. Com Liudmila Saveleva, Sergei Bondarchuk e Viacheslav Tikhonov. 81’. Em mp4. Legendas em português. Classificação indicativa 14 anos.
SEX 7 NOV . 17h
Filmes longos. Guerra e Paz – Pierre Bezukhov (Voyna i mir IV: Pierre Bezukhov), de Sergei Bondarchuk. URSS, 1967. Com Sergei Bondarchuk, Liudmila Saveleva e Viacheslav Tikhonov. 100’. Em mp4. Legendas em português. Classificação indicativa 14 anos.
DOM 16 NOV . 14h
Filmes longos. Dr. Mabuse, parte 1: O grande jogador – Uma imagem do tempo (Dr. Mabuse, der Spieler – 1.Teil: Der große Spieler: Ein Bild der Zeit), de Fritz Lang. Alemanha, 1922. Com Rudolf Klein-Rogge, Aud Egede-Nissen e Alfred Abel. 154’. Em mp4. Legendas em português. Classificação indicativa 14 anos.
DOM 16 NOV . 17h
Filmes longos. Dr. Mabuse, parte 2: Inferno – Um jogo para as pessoas do nosso tempo (Dr. Mabuse, der Spieler – 2.Teil: Der große Spieler: Ein Bild der Zeit), de Fritz Lang. Alemanha, 1922. Com Rudolf Klein-Togge, Aud Egede-Nissen e Alfred Abel. 114’. Em mp4. Legendas em português. Classificação indicativa 14 anos.
SEG 17 NOV . 14h
Filmes longos. O testamento do Dr. Mabuse (Das Testament des Dr. Mabuse), de Fritz Lang. Alemanha, 1933. Com Rudolf Klein-Togge, Otto Wernicke e Tommy Bourdelle. 122’. Em mp4. Legendas em português. Classificação indicativa 14 anos.
SEG 17 NOV . 17h
Filmes longos. Os mil olhos do Dr. Mabuse (Die 1000 Augen des Dr. Mabuse), de Fritz Lang. Alemanha Ocidental/França/Itália, 1960. Com Dawn Addams, Peter van Eyck e Gert Fröbe. 103’. Em mp4. Legendas em português. Classificação indicativa 14 anos.
QUA 19 NOV . 14h
Filmes longos. Happy hour (ハッピーアワー / Happî awâ), de Ryusuke Hamaguchi. Japão, 2015. Com Sachie Tanaka, Hazuki Kikuchi e Maiko Mihara. 317’. Em mp4. Legendas em português. Classificação indicativa 14 anos. Haverá intervalo de 10 minutos.
QUI 20 NOV . 15h
Filmes longos. A vingança dos 47 ronin, partes 1 e 2 (元禄忠臣蔵 / Genroku chûshingura), de Kenji Misoguchi. Japão, 1941. Com Chōjūrō Kawarasaki, Utaemon Ichikawa e Yoshizaburo Arashi. 241’. Em mp4. Legendas em português. Classificação indicativa 14 anos. Haverá intervalo de 10 minutos.
SEX 21 NOV . 13h
Filmes longos. Odradek, de Guilherme de Almeida Prado. Brasil/EUA, 2024. Com Marie Paquim, Oscar Magrini e Pedro Henrique Moutinho. 270’. Em mp4. Classificação indicativa 16 anos. Haverá intervalo de 10 minutos.
SÁB 22 NOV . 14h
Filmes longos. A flor, episódio 1 (La flor), de Mariano Llinás. Argentina, 2018. Com Elisa Carricajo, Valeria Correa, Pilar Gamboa e Laura Paredes. 80’. Em mp4. Legendas em português. Classificação indicativa 14 anos.
SÁB 22 NOV . 15h30
Filmes longos. A flor, episódio 2 (La flor), de Mariano Llinás. Argentina, 2018. Com Elisa Carricajo, Valeria Correa, Pilar Gamboa e Laura Paredes. 130’. Em mp4. Legendas em português. Classificação indicativa 14 anos.
SÁB 22 NOV . 18h
Filmes longos. A flor, episódio 3 (La flor), de Mariano Llinás. Argentina, 2018. Com Elisa Carricajo, Valeria Correa, Pilar Gamboa e Laura Paredes. 93’. Em mp4. Legendas em português. Classificação indicativa 14 anos.
DOM 23 NOV . 14h
Filmes longos. A flor, episódio 4 (La flor), de Mariano Llinás. Argentina, 2018. Com Elisa Carricajo, Valeria Correa, Pilar Gamboa e Laura Paredes. 95’. Em mp4. Legendas em português. Classificação indicativa 14 anos.
DOM 23 NOV . 16h
Filmes longos. A flor, episódio 5 (La flor), de Mariano Llinás. Argentina, 2018. Com Elisa Carricajo, Valeria Correa, Pilar Gamboa e Laura Paredes. 122’. Em mp4. Legendas em português. Classificação indicativa 14 anos.
DOM 23 NOV . 18h30
Filmes longos. A flor, episódio 6 (La flor), de Mariano Llinás. Argentina, 2018. Com Elisa Carricajo, Valeria Correa, Pilar Gamboa e Laura Paredes. 83’. Em mp4. Legendas em português. Classificação indicativa 14 anos.
SEG 24 NOV . 14h
Filmes longos. O dilúvio (Potop), de Jerzy Hoffman. Polônia/URSS, 1987. Com Daniel Olbrychski, Malgorzata Braunek e Tadeusz Lomnicki. 287’. Em mp4. Legendas em português. Classificação indicativa 14 anos. Haverá intervalo de 10 minutos.
QUA 26 NOV . 17h
Filmes longos. Musashi Miyamoto (宮本武蔵 / Miyamoto Musashi), de Hiroshi Inagaki. Japão, 1954. Com Toshiro Mifune, Mariko Okada e Rentaro Mikuni. 93’. Em mp4. Legendas em português. Classificação indicativa 14 anos.
QUI 27 NOV . 17h
Filmes longos. Morte no Templo Ichijoji ( 続宮本武蔵 一乗寺の決闘 / Zoku Miyamoto Musashi: Ichijōji no Kettō), de Hiroshi Inagaki. Japão, 1955. Com Toshiro Mifune, Mariko Okada e Koji Tsuruta. 104’. Em mp4. Legendas em português. Classificação indicativa 14 anos.
SEX 28 NOV . 17h
Filmes longos. Duelo na Ilha Ganryu ( 宮本武蔵完結編 決闘巌流島 / Miyamoto Musashi Kanketsuhen: Kettō Ganryūjima), de Hiroshi Inagaki. Japão, 1955. Com Toshiro Mifune, Mariko Okada e Koji Tsuruta. 105’. Em mp4. Legendas em português. Classificação indicativa 14 anos.
SÁB 29 NOV . 13h
Filmes longos. O sapato de cetim (Le soulier de satin), de Manoel de Oliveira. França/Portugal/Alemanha/Suíça, 1985. Com Luís Miguel Cintra, Patricia Barzyk e Anne Consigny. 410’. Em mp4. Legendas em português. Classificação indicativa 16 anos. Haverá dois intervalos de 10 minutos.
DOM 30 NOV . 13h
Filmes longos. A longa viagem do ônibus amarelo, de Júlio Bressane e Rodrigo Lima. Brasil, 2023. Compilação. 432’. Em mp4. Classificação indicativa 18 anos.
Informações: cinemateca@mam.rio